Foi num dia de dezembro que a minha vida inteira mudou
O meu pai apareceu todo empolgado com uma chave na mão

Perguntei pro velho o que é que tava pegando
Vai ficar aí que nem um bobo me olhando

Ele só jogou a chave e disse: Pode ir lá conferir

Nem acreditei no que eu vi parado em frente de casa
Era um karmanghia conversível com vidro fumê

Caixa quatro marchas, estofamento zerado
Vermelho metálico, todinho encerado

A partir de hoje eu vou passar a fazer parte da turma

Refrão:

Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais

A partir de agora, eu vou rodar (paradinha)
Com o meu karmanghia

(Solo de guitarra e sax)

Vamos lá, seu moço, enche o tanque, hoje ninguém me segura
Vou sair voando pelas ruas sem pensar em parar

Sai da minha frente que eu tô afim de passar
Olha que caranga que eu fui arrumar

Vou cruzar o mundo acelerando só pra ver como é

Nenhuma garota me olhava quando eu andava a pé
Hoje essa história mudou e eu tô pegando geral

Todas elas querem sentar aqui do meu lado
Dar uma voltinha e depois dar um trato

Abre essa capota e se segura porque lá vamos nós

Refrão

Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais
Andar de ônibus, nunca mais

A partir de agora, eu só vou rodar por aí (paradinha)
Com o meu karmanghia